13 de novembro de 2008

Diferença na metragem do asfalto pago e do colocado no Calçadão passa de 2800m

O novo Calçadão de Lorena, uma das obras mais polêmicas dos últimos tempos, continua dando o que falar. Durante a última Sessão de Câmara o vereador Coelho, PT, afirmou que há um erro grave entre o que está na planilha orçamentária elaborada pela Prefeitura e apresentada pela Valguará – Indústria e Comércio de Artefatos de Cimento Ltda – no Processo Licitatório, e a obra que foi efetivamente realizada.
Dessa vez, o vereador está denunciando um suposto superfaturamento na pavimentação da Rua Principal. De acordo com as planilhas, foram pagos R$ 210 mil referentes a 5660 metros quadrados pavimentados, correspondente à metragem da calçada, da ciclovia e da rua.
Coelho disse que, na segunda-feira, foi até o calçadão para medir toda a extensão da obra. De acordo com ele, o comprimento total da parte pavimentada é de 347 metros. “Constatamos que a rua tem uma largura de nove metros. Descontando um metro, referente a guias, sarjetas e o canteiro, temos oito metros de largura. É uma conta bem simples. 347 metros de comprimento vezes oito metros de largura, são 2776 metros quadrados de pavimentação. Isso, é claro, referente à pavimentação da rua, das calçadas e da ciclovia”, conta Coelho.
Nas contas do vereador, estaria “sobrando” 2884 metros quadrados. Ou seja, com o que foi pago à empresa, daria para ter feito duas vezes o que foi pavimentado.
No final de setembro, o Promotor de Lorena, Dr. Carlos Eduardo Brechani, instaurou Inquérito Civil para “apurar eventual descumprimento parcial das obras do calçadão da rua Dr. Rodrigues de Azevedo por parte da empresa contratada, bem como de eventual omissão da Prefeitura Municipal na fiscalização de tal”.
O vereador afirmou que irá, ainda nesta semana, encaminhar suas análises ao Ministério Público, para que o Promotor possa inserir essa questão em sua investigação.
Esse fato se soma à situação de calamidade em que a via que corta o calçadão se encontra. Desde que foi inaugurado o calçadão, os buracos se acumulam na Rua Principal. Além disso, não é incomum a rua ser impedida para que reparos sejam realizados em diversas partes da via. A colocação de sarjetas foi feita depois que a obra tinha sido “concluída”, sendo preciso quebrar o asfalto para a colocação das sarjetas.

Hugo Nogueira Luz é jornalista.
nogueiraluz@gmail.com
OBS: QUEM PASSOU PELA RUA PRINCIPAL, OU MELHOR, NÃO PASSOU, PÔDE VER QUE ELA ESTAVA IMPEDIDA NOVAMENTE, PARA MAIS UMA COLOCAÇÃO DE ASFALTO EM FRENTE À PERNAMBUCANAS.

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