29 de outubro de 2008

Três das maiores Rodovias do Estado vão à Leilão hoje

O governo de São Paulo vai realizar um leilão hoje, 29, para a concessão de três das principais rodovias do Estado: Carvalho Pinto e Ayrton Senna, que fazem a ligação de Taubaté à Capital Paulista e Dom Pedro I, que une São Paulo e Campinas.
Os Consórcios interessados irão entregar os envelopes lacrados até as 10 horas da manhã, dando-se, em seguida, início ao processo de abertura e análise das propostas.
O Estado de São Paulo possui, hoje, duas Regiões Metropolitanas, a Grande São Paulo e a Região de Campinas. De acordo com os geógrafos, há a formação de uma nova região metropolitana no Vale do Paraíba, ao redor da cidade de São José dos Campos. Essas três estradas fazem, portanto, a ligação de três das mais importantes regiões do Estado e do país. Juntas, elas possuem 440 Km de extensão.
Uma das principais preocupações quando se fala em concessão de rodovias é com relação às taxas de pedágio que serão cobradas. Isso é uma preocupação fundamentada de todos os brasileiros, já que as concessionárias acabam cobrando altos valores nos pedágios. Por exemplo, saindo de Aparecida e indo para São Paulo, percorre-se aproximadamente 120 Km e paga-se um valor total de R$ 20,60. Dividindo o valor pelo número de quilômetros, teremos que cada quilômetro custou cerca de R$ 0,17 (dezessete centavos).
Este valor cobrado pela Nova Dutra é o maior em todo o país, de acordo com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
Reportagem do jornal Valeparaibano informa que o governo do Estado de São Paulo estipulou um teto máximo de R$ 0,107 por quilômetro para Leilão de amanhã. A grande questão é a forma como se darão os aumentos anuais das taxas de pedágio. A Nova Dutra informa que os reajustes são feitos baseados num índice nacional, todo mês de agosto. Mas o fato é que as empresas entram com o teto exigido pelo Estado e acabam tendo liberdade para fazer aumentos nos valores. É preciso que haja uma fiscalização constante para que os abusos sejam coibidos.
Justiça seja feita, o trabalho realizados pelos consórcios é satisfatório, quando não é muito bom. Em contrapartida, as rodovias Carvalho Pinto, Ayrton Senna e D. Pedro I, muito utilizadas por mim, funcionam muito bem nas mãos do Estado até o momento. Mas esperemos.
O prazo de concessão das três rodovias é de 30 anos, sendo o valor da outorga da Ayrton Senna/Carvalho Pinto de R$ 594 milhões e o da D. Pedro I de R$ 1,32 bilhão.
Hugo Nogueira Luz é jornalista.
nogueiraluz@gmail.com

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