25 de fevereiro de 2010

Prefeito pode ter exonerado Secretário de Educação de Lorena

Uma coisa que aprendi na política é que onde há fumaça, há fogo. Nem que seja uma fogueirinha, um fósforo, mas há. Há uma nova fumaça sobre a prefeitura de Lorena. E se essa fumaça se confirmar, o prefeito Paulo Neme acaba de dar mais uma demostração de incompetência política. 

Informações não oficiais indicam que o Paulo Neme exonerou o secretário de Educação da cidade, Élcio Vieira. A exoneração em si não é o problema. A questão é o motivo da demissão. De acordo com as informações, a demissão teria sido feita no início da semana, logo após serem instaladas duas Comissões Especiais de Inquérito (CEI) na Câmara para investigar possíveis irregularidades na Saúde de Lorena. 

Então, como fez no passado com o vereador Marcelo Alvarenga, o prefeito manda um parente de um vereador embora por ele "não cooperar" com a prefeitura. Numa clara demonstração de política coronelista. O que pensa esse senhor? Ele não aprendeu que na política há a independência dos Poderes? Com essa atitude o prefeito endossa as acusações de que há um verdadeito cabide político na cidade, onde o que vale são os interesses dos poderosos. Embora, nesse caso, o secretário de Educação esteja no cargo muito antes de seu filho assumir uma cadeira na Câmara de Lorena.

Quer dizer que é assim que funciona? Na base da chantagem? Já que Élcio Vieira Jr. não "barrou" as CEIs, seu pai perde o emprego. Não estou julgando os méritos de um secretário nem de um vereador. As negociações que existem entre eles e a prefeitura. Mas, se essa demissão realmente se confirmar amanhã, que é a data para qual foi expedida a exoneração, o prefeito dará uma, mais uma, confirmação de que nunca deveria ter deixado de exercer sua profissão para assumir um cargo público. Deveria continuar exercendo a política do assistencialismo que fazia enquanto era médico e não ter se metido na política partidária. 

As informações, de fontes que pediram para que seus nomes não fossem revelados, indicam que após a demissão, no início da semana, os dois grupos políticos sentaram para conversar e que o secretário ainda ocupa sua cadeira na secretaria. O que não sabemos é como isso vai terminar. Na segunda, pode ser que haja outro secretário de educação, e o prefeito pode passar pela maior crise desde o início de seu mandato. Ou pode ser que o assunto seja esquecido e que a tal carta de exoneração vá para a gaveta das demissões que o prefeito quis fazer, mas que não teve coragem e voltou atrás. E olha que essa gaveta está bem cheia. Vide Jurema Viana, Élida, Aleixo, Bosco Romeiro, entre outros...    

Hugo Nogueira Luz é jornalista.
nogueiraluz@gmail.com

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