1 de abril de 2010

Vale tem um candidato ao Senado

Esse ano haverá eleição para o Senado. No estado de São Paulo serão renovadas duas das três cadeiras de direito. Eduardo Suplicy (PT), Aloízio Mercadante (PT) e Romeu Tuma (PTB) são os representantes do estado no senado. Suplicy tem vaga até 2014. Mercadante deve ser candidato a governador de São Paulo, já que o PT não conseguiu trazer Ciro Gomes (PSB) para a briga. Tuma busca a reeleição.

De acordo com pesquisa divulgada hoje, Marta Suplicy (PT) , lidera a disputa com 43% dos votos, seguida por Romeu Tuma, com 25%. Mas esse não é o dado que mais nos interessa, até porque esse cenário ainda deve mudar muito. O que nos interesse, em minha opinião, é que o Vale do Paraíba, mais precisamente Cachoeira Paulista, tem um possível candidato que já aparece nas pesquisas.

Trata-se de Gabriel Chalita, professor universitário, membro ativo e importante da comunidade Canção Nova e vereador de São Paulo. Chalita começou na política em Cachoeira, sendo o vereador mais novo a assumir uma cadeira em uma Câmara Municipal do Brasil. Talentoso para a política e carismático, em todos os sentidos da palavra, despontou como um ícone da comunidade CN, sendo estrela de um programa de debates na emissora de televisão do grupo.

O ícone da renovação carismática, Gabriel Chalita

Cedo se aproximou do ex-governador e prefeito de São Paulo Geraldo Alckimin, tendo se filiado ao PSDB e comandando a Secretaria de Educação do estado mais rico da Federação. Com a saída de Geraldo para ser candidato à presidência, em 2006, Chalita passou a ocupar papel de destaque no partido, sendo um dos coodenadores da campanha.

Em 2008 foi candidato a vereador de São Paulo, com forte apoio da ala geraldista do PSDB e, principalmente, sob as bençãos e o apoio incondicional do padre Jonas Abib e da Canção Nova. O resultado não poderia ser diferente. Chalita foi o vereador mais votado do Brasil, com mais de um milhão de votos. Mas, sinceramente, Chalita não é um dos melhores exemplos de que religião e política não devam se misturar. É um homem experiente e preparado, embora não tenha minha simpatia.

Agora, em 2010, o vereador busca novos horizontes, bem mais audaciosos. Mais precisamente, os horizontes de Brasília. Chalita pretende ser senador, e já aparece com 8% das intenções de voto. Ele mudou de partido, deixou o PSDB, com um Alckimin já enfraquecido, e foi se refugir no PSB de Luiza Erundina e Ciro Gomes. Dando demonstrações, em minha opinião, de uma falta de identidade política, uma vez que tratam-se de partidos com linhas distintas e, por que não, opostas hoje em dia.

O vereador Gabriel Chalita

Mas é isso. A Canção Nova está, também, buscando dar passos mais longos do que os que custumeiramente dá. Afinal, em Brasília tudo fica mais fácil. Ou alguém se esquece quem é que dá e renova concessões midiáticas. Ou quantos senadores e deputados a bancada da fé já possui? Só que essa fé é a outra.

Hugo Nogueira Luz é jornalista.
nogueiraluz@gmail.com

2 comentários:

André,  19:19  

É, a religião que invadir a praia da política.Aonde isso vai terminar?Daqui a pouco Cristo vai ter que descer no Brasil pra enfiar a lenha, igual que fez no pátio sagrado que transformaram em mercado de negócios!

Anônimo,  19:12  

Volto a dizer:
Política e religião não se misturam. São objetivos diversos. Cada um no seu lugar.

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