10 de julho de 2015

Bater em bêbado é covardia, mas pode funcionar

Dia 8 de julho fez um ano do fatídico 7 a 1 da Alemanha no Brasil naquela semi final da Copa do Mundo. Falar disso de novo? Isso já está pior que chutar cachorro morto ou bater em bêbado.

Mas eu fiquei pensando. Bater em bêbado, se levado à cabo literalmente, pode até ser uma injustiça. Mas eu aposto que para uma esposa, um filho ou algum familiar cansado dos porres do cidadão, tenha lá alguma utilidade uns belos tabefes, na esperança que se aprenda alguma coisa.

Então eu vou lá tentar dar uns safanões. Não na CBF, nem no Ricardo Teixeira, Joaquim Marin ou Del Nero. Esses ou já estão pagando ou estão na iminência de pagar pelo mal que fizeram a nós, brasileiros.

A minha questão é se vamos aprender alguma coisa com aquele 7 a 1, com as prisões desses salafrários e com a derrota para o Paraguai, mais recentemente. Mas mudar de verdade. Porque o Brasil, como já dizia um professor de história no ensino médio, é o país onde muda-se tudo, para que nada seja mudado.

E olha que precisamos de muitas mudanças. Precisamos de educação de qualidade. Mas precisamos que os pais cobrem que seus filhos que estudem. Precisamos de saúde de decente. Mas precisamos nos prevenir de doenças antes de correr para o PS. Precisamos de políticos honestos. Mas precisamos aprender a votar e a deixar de vender o voto.

Por que estou falando isso? Porque o brasileiro é o povo do imediatismo. O povo que só quer vencer, ganhar, levar vantagem. Sem fazer muito esforço, diga-se de passagem. Como disse o Engenheiros do Havaí, “o milésimo gol sentado em uma mesa de bar”.


Recentemente o jogador Daniel Alves, do Barcelona, deu uma entrevista afirmando que, em 2012, o consagrado treinador Pep Guardiola desejava treinar o Brasil. Ele teria, inclusive, uma estratégica montada para reformar a seleção. Mas a conversa não saiu do papel. Por quê? De acordo com Dani Alves, os dirigentes disseram que o povo brasileiro não aceitaria um treinador estrangeiro.


Acredito nisso. Falta-nos humildade para dizermos: não somos os melhores, não sabemos tudo, precisamos de ajuda. Nós insistimos em levantar a cabeça, fazer pose, mesmo que seja para sair na foto dos 7 a 1.

Então, que tenhamos aprendido com tudo isso. Que os tapas acordem os bêbados que temos por aqui. E que tenhamos dirigentes de futebol sóbrios. Que tenhamos treinadores com capacidade de raciocínio. Que tenhamos jogadores que não sejam pegos no antidoping. Que tenhamos políticos dignos.


Mas que tenhamos bons brasileiros, que mesmo de ressaca, cobrem, exijam, mas façam sua parte, com dignidade, honestidade e competência.  


Hugo Nogueira Luz é jornalista. nogueiraluz@gmail.com

1 comentários:

claudemir thomaz 18:05  

Enquanto o brasileiro for arrogante e metido o 7 a 1 não servira de lição.Quem revelamos nos ultimos anos fora o Neymar.Hoje qualquer cabeça de bagre é chamado de craque.Veja os Firminos e afins da seleção.Esta por sinal só serve para grandes negocios da CBF.
Nossos clubes estão todos falidos devendo salarios e fazendo loucuras.
E tem gente da imprensa como a Globo, que faz grandes negocios com a CBF manda no nosso calendario e se diz independente.
Portanto o 7 a 1 pode piorar com uma possivel não classificação para a copa.E salve o Brasil onde tudo acaba em carnaval.No nosso futebol ta ruim mais ta bom somos o pais do futebol.

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